Notícias

Empresa em Goiânia compra produto químico, mas recebe água em tonéis

Indústria de colchão pagou R$ 3 milhões em produto que veio da China. Fábrica quer novo carregamento ou o dinheiro da mercadoria de volta.

Uma empresa de Goiânia comprou um carregamento de R$ 3 milhões de um produto químico que é usado na fabricação de colchões e recebeu água dentro dos tonéis, que vieram da China. Os funcionários desconfiaram da aparência dos tambores, que estavam amassados e sem etiquetas de identificação. Depois, estranharam o peso da mercadoria, mais leves que o normal. Mas a surpresa maior foi na hora de conferir o que havia dentro dos tonéis.

Era para ser um produto químico conhecido como TDI, que é a matéria-prima usada para produzir espuma de colchão. “Quando nós trouxemos os tambores, descarregamos e abrimos, fomos tentar utilizar e não reagiu”, conta o diretor-executivo da empresa, Rodrigo Melo.

A diferença é muito visível, segundo os funcionários. Em dois copos, é possível perceber a diferença. Em um deles está o produto químico no outro seria água misturada com ferrugem do tambor. O carregamento de 500 toneladas saiu da china e parte dele foi para uma indústria em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A fábrica goiana informou que efetuou o pagamento à vista.

“O produto veio com certificado de analise. Só que, quando chegou aqui e verificamos que não era TDI, nós descobrimos que essa analise também era falsa”, diz o despachante aduaneiro Roosewelt Veloso.

A direção da indústria já comunicou o problema à Câmara de Comércio Brasil e China e à Embaixada do governo Chinês em Brasília. O carregamento vai ficar parado na capital goiana até o desfecho do caso. A empresa só vê duas saídas para o problema: receber um novo carregamento com o produto verdadeiro ou reaver todo o dinheiro da mercadoria, que já foi totalmente paga.

“Estamos buscando uma resolução amigável nas vias diplomáticas comerciais. Se não for possível, vamos acionar a Justiça da China tentando recuperar esse montante, que ultrapassa os R$ 2 milhões de dólares tanto nas mercadorias quanto nas despesas que estão sendo efetivadas em razão do armazenamento”, explica o advogado de direito internacional Sandro Waldec.

 

Fonte:
Portal G1

Conheça os serviços prestados pela TeamFly

Saiba mais